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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Voltando depois de bastante tempo

Lá e de volta outra vez

Sim, fazem quase quatro anos desde a última postagem por aqui, mas incentivado por várias pessoas queridas, resolvi voltar à escrever e me dedicar ao meu maior hobbie, que é falar sobre e assistir eventos esportivos.

Como post de retorno, vou falar da semana dos clubes brasileiros na estreia da Copa Libertadores da América.



PALMEIRAS

O primeiro time nacional à estrear na maior competição das Américas (fase de grupos), foi o verdão de São Paulo. Um péssimo jogo contra um time fraco (River Plate - URU), que apesar de ter eliminado a tradicional Universidade de Chile, que já foi semi-finalista quatro vezes do torneio, na 1ª fase da competição, não pode ser credenciado como um favorito ao título.

O treinador Marcelo Oliveira tentou mudar, sair um pouco do seu padrão de jogo 4-2-3-1, entrou com três volantes na escalação, mas não acabou tendo resultado. Pensou em explorar a velocidade de Dude e Erick pelas pontas nas puxadas de contra-ataques, mas também não teve sucesso.

O Palmeiras voltou pra casa com um empate com gosto de derrota, pois esteve na frente do placar por duas vezes. Um time que tem como folha salarial mensal o equivalente à folha anual do rival, deveria ter mostrado muito mais.
Os melhores momentos do porco se deram quando Dudu ficou mais centralizado, o que evidenciou uma deficiência que já vem desde 2015. FALTA ALGUÉM PRA CRIAR NO MEIO.
Da parte defensiva, já está mais claro do que nunca, a defesa precisa se organizar nas jogadas de bola parada, o que já vem sendo o ponto fraco do time há algum tempo.

O atual campeão da Copa do Brasil, time que manteve ótima base do ano anterior e ainda se reforçou, está muito aquém do que se espera para o ano atual.

SÃO PAULO

O tricolor paulista abriu os trabalhos da quarta-feira de futebol. E contrariando o que se esperava (o treinador previa 100% de aproveitamento jogando em casa), foi muito mal contra o Strongest da Bolívia.
Jogando em "casa" (o jogo foi no Pacaembu pois o Morumbi ainda está em reforma), o São Paulo não conseguiu se impor. Poucas jogadas efetivas de gol, meio campo pouco criativo (Ganso e Bastos muito fracos) e um ataque medonho onde Centurión mostrou o quanto é fraco. Rogério é sim a melhor opção para o setor.

O São Paulo criou apenas três boas oportunidades no primeiro tempo, mas não teve competência para concretizar em gol. Na segunda etapa o treinador fez alterações que desorganizaram a equipe e o time boliviano acabou fazendo o único gol da partida. Kieza, que entrou na segunda etapa, perdeu uma chance clara de empatar a partida e minimizar o vexame.

CORINTHIANS

O timão enfrentou o tão temido, opa, espera aí, a tão temida altitude. O Cobresal é fraquíssimo, mas conta com algo que ainda faz grande diferença na Libertadores, o fator casa, e nem é pela pressão da torcida e tudo mais, já que o estádio estava vazio, é pela localização mesmo, no meio do deserto do Atacama.
Depois de uma semana agitada com várias entrevistas dos locais, inclusive se referindo aos brasileiros como negros, claramente de maneira preconceituosa, o jogo foi fraco.
O Cobresal não tinha futebol de qualidade para mostrar, mas mesmo assim criou dificuldades ao time paulista.
O gol da vitória só saiu no segundo tempo, no apagar das luzes, não literalmente (faltou energia durante a partida), um gol contra do zagueiro Escalona deu os três pontos ao timão.
Ficou evidente que o recém contratado André, precisa entrar em ritmo de jogo urgente e que Danilo não é o cara ideal para a posição de centro-avante. O entrosamento do atual campeão nacional também não é o forte da equipe, já que o timão perdeu grandes nomes no começo do ano para o mercado chinês. Lucca foi o melhor jogador do Corinthians em campo.

ATLÉTICO-MG

O Galo também começou a sua saga fora de casa e foi mais um time brasileiro à voltar com os três pontos.
Foi um jogo de um tempo. Pois é, tudo que tinha para acontecer na partida aconteceu na primeira etapa.
O time mineiro saiu atrás no marcador, mas conseguiu a virada com Rafael Carioca e Patric que fizeram belos gols.
Ficou claro que a altitude também atrapalhou nesta partida, não só na parte técnica, mas também na parte física e o Galo viu seu rendimento cair bastante no segundo tempo da partida.
O Melgar pressionou bastante mas não conseguiu vencer a boa defesa atleticana e o jogo acabou assim mesmo 2x1.  
O treinador Diego Aguirre espera melhorar o time quando puder contar com os contratados Robinho e Cazares. Vamos esperar pra ver se essa melhora virá.

GRÊMIO

O tricolor do sul entrou em campo quase na quinta-feira. Também jogando fora de casa, na altitude, e após ter feito uma grande viagem para enfrentar o Toluca no México, o Grêmio não encontrou vida fácil.
Ainda no primeiro tempo, o time gaúcho não conseguiu criar muitas oportunidades de gol, mas contou com uma ótima vantagem. O jogador Velasco foi expulso após agredir Douglas, que na confusão levou apenas o cartão amarelo.
Mesmo assim o placar não saiu do zero na primeira etapa.
Mal começa o segundo tempo e com menos de um minuto o Toluca sai na frente. Mesmo com um jogador a menos a equipe mexicana saiu em velocidade pela esquerda e após um cruzamento certeiro Triveiro fez de cabeça dentro da pequena área. 
Ainda no começo da segunda etapa, o Toluca teve duas ótimas chances de aumentar o placar, mas Marcelo Grohe fez grandes defesas.
Em alguns momentos o Grêmio pareceu ser o time que estava com um jogador a menos e chegou até a ouvir a torcida ensaiar uns gritos de olé.
Aos 30' do segundo tempo o Toluca ampliou, após cobrança de pênalti do mesmo Triveiro, que foi quem sofreu a falta de Gerolmel dentro da grande área.
As coisas ficaram bastante complicadas para o tricolor gaúcho no chamado "Grupo da Morte", após essa derrota.

Lá e de volta outra vez. 

se foi mais uma semana de estreia dos clubes nacionais na Copa Libertadores da América e esta foi mais uma volta minha por aqui, depois de bastante tempo (prometo manter uma frequência para este ano) e outra vez fico com as mesmas perguntas: Até quando os times brasileiros vão se apequenar na Libertadores, mesmo tendo os maiores orçamentos da competição e tirando os grandes nomes dos seus adversários? Até quando a tão temida, mas já velha conhecida altitude vai causar tanto medo nos grandes clubes brazucas?


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